Na postagem que escrevi sobre a imagem do sagrado coração,
disse que se tratava de uma sala, o local que tinha o quadro e o relógio
antigo, pois bem, não era uma sala e sim um hall, apenas uma passagem pra quem vinha
da rampa da portaria em direção à cozinha e tinha acesso ao corredor dos pátios,
à direita havia uma lance de escadas que subiam pro hall das moças e a que
descia pra lavanderia e rouparia.
Claro que o leitor vai entender que as memórias são de uma criança
e, sendo assim a lembrança geográfica é meio dúbia.
Esse hall era, na maioria das vezes, vazio. Tirando as ocasiões que tinham visitantes, nessas ocasiões, as mesas eram postas e virava um refeitório, entre os visitantes mais ilustres que almoçavam a comida das "vovozinhas", estava o padre Zezinho e, ainda que ele fosse já à época um recordista de venda, era uma simpatia de pessoa.
Me lembro dele tocando violão, depois do almoço, a cada nota esticava as cordas com os dedos, as unhas produziam um instante metálico peculiar, mania de que toca guitarra elétrica.
Quando estava acompanhado da Madre da Glória, que era austera, apenas conversava, quando estava com a Madre Dolores, a espanhola, ria muito e cantava com gosto. Quando ele ainda estava compondo "Maria de Nazaré", teve o acompanhamento também da Madre Brasil no coral, portanto, antes de a música ser cantada na igreja da Imaculada Conceição, os guris já a sabiam de cabo a rabo.
Mas, a música que me chamou atenção mesmo foi "A barca", os acordes dessa canção me marcaram mesmo. Estranhamente, ele só há gravou muitos anos mais tarde.
Esse hall era, na maioria das vezes, vazio. Tirando as ocasiões que tinham visitantes, nessas ocasiões, as mesas eram postas e virava um refeitório, entre os visitantes mais ilustres que almoçavam a comida das "vovozinhas", estava o padre Zezinho e, ainda que ele fosse já à época um recordista de venda, era uma simpatia de pessoa.
Me lembro dele tocando violão, depois do almoço, a cada nota esticava as cordas com os dedos, as unhas produziam um instante metálico peculiar, mania de que toca guitarra elétrica.
Quando estava acompanhado da Madre da Glória, que era austera, apenas conversava, quando estava com a Madre Dolores, a espanhola, ria muito e cantava com gosto. Quando ele ainda estava compondo "Maria de Nazaré", teve o acompanhamento também da Madre Brasil no coral, portanto, antes de a música ser cantada na igreja da Imaculada Conceição, os guris já a sabiam de cabo a rabo.
Mas, a música que me chamou atenção mesmo foi "A barca", os acordes dessa canção me marcaram mesmo. Estranhamente, ele só há gravou muitos anos mais tarde.